sexta-feira, junho 19, 2009

Borges, Calvino, Gaiman e et coetera

HÁ MUITO PLANEJO retomar, com exclusividade, as raízes literárias deste engodo, o Labirinto das Letras. Depois de muito olhar o pó se acumulando por aqui, vamos, pelo menos, recensear o que está acontecendo nesse campo.

Aqui entre as sete colinas, tenho achado muito em que dispender o soldo que me cabe, já que temos a maravilhosa livrariazinha especializada em cinema aqui do lado, mais a francesa, a espanhola e outras tantas a stone's throw away... Assim, os livros vão se acumulando, mais ou menos, mas sem muita motivação para ler o que há de novo.

Completei minha coleção do Houellebcq com o Plateforme, que faltava, e que achei muito bom. O meu preferido dele ainda é o último, o da ilha (que, quem diria, virou música da primeira dama gálica!). De cinema, juntei, mas ainda não li, um making of de 2001, do Kubrick, e um apanhado de artigos dos Cahiers sobre a Nouvelle Vague. A ver. Acabei, depois de muitos anos, o primeiro volume do Histoire de ma vie, do Chevalier de Saingalt (que saudades do bom amigo Gilberto, que me chamava assim...) e já embarquei no segundo. Aliás, estive na Sereníssima, a trabalho (aham), dia desses, o que sempre inspira essa leitura.

Mais recentemente, porém, voltei à fonte principal, Borges, e aproveitei para conhecer mais do Ítalo Calvino, já que são duas paixões que se alimentam. E, de um a outro, reacendeu a vontade de ler coisas do Gaiman, que também não esconde o gosto pela dupla (aliás, estive folheando a esmo o Sandman Companion, do Hy Bender, ontem, e dei de cara com a alusão ao Calvino no conto do Marco Polo -- ah, olha a mãozinha da Sereníssima aí de novo! E, também, vejam só, reli o Morte e Veneza, na edição dos Perpétuos... de fato, o mundo é uma aldeia, ou, pelo menos, os núcleos concêntricos das novelas da Globo...)

Com isso, criei coragem e encomendei da Amazon os quatro volumes do Absolute Sandman. Ai, minha nossa senhora do saldo bancário! Nonetheless, certas paixões clamavam por a rekindled flame.

Tem ainda o interessantíssimo livro que o Cid mandou, sobre a Taprobana, e uma vontade que está coçando, alhures, de achar coisas sobre os albores da literatura ibérica, a ver o que tem na livraria espanhola, do outro lado da piazza.

É isso por enquanto. Isso aqui vai ficando mais hermético, solipsista e inútil. Mas, who cares?

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