OPA! LEITURA DESATENTA e equivocada! Cometi um pecado mortal!
Com efeito, bastante barrocas as imagens em cera. Confirmando a percepção de que este diálogo está me saindo um passeio pelos labirintos da memória, recordaram-me o querido Augusto dos Anjos e seu "a desarrumação dos intestinos assombra. Vêde-a!", verso lapidar do "Monólogo de uma Sombra".
Aliás, falando em assepsia barroca, li, no livro do André Senet, que item obrigatório às aulas de anatomia do período eram fatias de limão ou laranja, usadas para mascarar odores nauseabundos. Será que isso ainda existe nas academias?
E, de fato, "Restoration" comete um grande pecado, de que Robert Downey Jr. é mais o veículo do que a causa: escorrega feio no melodrama em suas porções finais. Mas não me lembro muito, pois só vi o filme uma vez, no já longínquo anno Domini de 1995. Coisas do século passado, como vêem...
Lembrei também dos libelos contra o corpo e a matéria nos monges de Eco. Creio que Ubertino era o porta-voz dessa corrente ascética-espiritual, estou certo?
Agora, Cid, partamos desses senderos que bifurcam dos labirintos da memória e passemos aos passeios nos bosques da ficção! É seu dever botar a história do Falópio no papel!
(Pronto, lembrei agora do "exercício literário" que o narrador de "Bufo & Spallanzani" aplica aos hóspedes da pousada do Pico do Gavião. Quem não leu esse livro maravilhoso, já está perdendo tempo!)
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