EU QUE PASSO boa parte de minhas horas de vigília matutando -- seja ativamente, seja em modo background -- como produzir the next great timeless literary masterpiece do Cânone Ocidental(*), não deixo de registrar (com que sentimentos?) o espasmódico début flamígero de novos autores que parecem já, de prima, ter baixado um natural no chemin de fer... Tal qual o caso de Kaavya Viswanathan e seu "How Opal Mehta Got Kissed, Got Wild and Got a Life", sucesso de crítica apontado por Pierre Assouline no seu blog, La république des livres (taí na lista de links ao lado), que não só estreou com o maior advance pago a autor de tão tenra idade, mas também com o nada desprezível mérito de ter sido escolhido para adaptação às telas por Steven Spielberg (!). Eia pois que a efemeridade dos fenômenos de nossos tempos vem já cobrar seu quinhão da moçoila, rainha por um dia (como a chama Assouline no blog, hoje), na forma do mais tenebroso pecado mortal do mundo acadêmico-literário, a besta-fera da "p word", o acônito do escritor contemporâneo, a tal da suspeita de plagiarism! No caso, conforme apontado pelo The Boston Globe, suspeita bastante fundamentada.
É isso aí, se fosse fácil, não teria graça. E, ainda mais porque o tempo passa, e como já se disse por aí, não há nada de novo sob o sol...
(*) Nulum die sine linea, diziam os romanos. Será que conta ponto ficar pensando nas linhas que poderiam ter sido escritas?, penso eu
2 comentários:
Taí, talvez para plagiadores eu defendesse o moedor de gente. Roubar idéias é abominável!
Há plágios e plágios. A literatura é feita de plágios, dos bons. Mas copy e paste é um pouco demais, e dizem que foi o que essa moça fez.
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